BENGUELA - VINDE VER!

Dia de Pai Américo 


Todos os anos o mês de Julho aponta o nosso caminho para a preparação da Celebração mais alta da Obra da Rua, designada também na sua personalidade Jurídica como "Obra do Padre Américo". Dia de festa desta grande família. Juntaram-se á comunidade residente, também, os gaiatos mais velhos acompanhados de suas famílias. Foi um grande dia! Na véspera também tivemos festa, por ocasião do encerramento do ano lectivo na nossa escola, onde Pai Américo é o Padroeiro. Os finalistas do nono ano acompanhados pelos seus professores prepararam um bom momento para agradecer a Deus e às pessoas de boa vontade que os ajudaram a alcançar o prestigiado mérito. Houve diploma de distinção para os melhores alunos, prendas e até bolsas de estudo para o Ensino médio, segundo a comissão Diocesana para a educação. O «Marcelo», inventou uma fórmula matemática, nunca antes aplicada para o exercício apresentado. Isto fez com que se convocasse uma reunião de emergência. Os professores de física e de matemática ficaram admirados, o que me foi dito no final da Missa pelo Senhor Director da escola. Meus olhos, focados no rapaz da nona classe, veio a pergunta: «Quem virá a ser este menino?» A resposta encontra-se no tempo em que se há-de revelar a vontade de Deus sobre a sua missão ao serviço da comunidade.

A celebração festiva do dia 15 no largo da Escola, serviu de preparação mais próxima ao grande dia de Domingo, que, por ser o dia da Ressurreição de Cristo, para todos os cristãos é dia de festa. Para o Gaiato foi dupla festa. E ainda no mesmo dia 15 tivemos outra Missa vespertina no Mosteiro Mãe de Deus. A comunidade foi despedir-se da Madre Maria da Igreja, que esteve em visita ao Mosteiros Dominicanos de Benguela e do Kuito. Outra festa! A história do Mosteiro Mãe de Deus encontra na Casa do Gaiato um potencial desde a primeira hora pelas mãos do primeiro Bispo da diocese de Benguela, Dom Armando Amaral dos Santos, e do nosso Saudoso querido Padre Manuel António que cedeu o terreno, onde hoje é o Mosteiro Mãe de Deus e com os rapazes acompanhou as obras das instalações. É dia de Pai Américo é dia de festa também para as irmãs monjas. O bolo principal das festas da nossa casa são feitos com amor e carinho das irmãs. E que tão bem nos sabe na boca e no coração a expressão pronta de sempre agradecidos. Depois da Celebração Eucarística Dominical, seguiu-se a partida de futebol entre as equipas dos gaiatos antigos e dos gaiatos internos. Não digo o resultado final, mas os antigos regressaram do campo com um sorriso mais radiante. É festa para toda a nossa Obra. O almoço foi para cerca de 250 pessoas. Alguns conhecidos conhecidos dos rapazes e suas famílias. Outros de Casa e os que já não se encontram em Casa, hoje em sua vida autónoma. Alguns vizinhos que têm bem memorizado o dia 16 de Julho como dia de aniversário da nossa Obra. A tarde recreativa teve lugar no salão de festas, mesmo no centro da aldeia. O «Flávio» foi o apresentador principal da actividade. Houve danças, canções lindas e muitos artistas ao palco. Pequenas estrelas, em grande estilo, algumas em sua primeira actuação, mesmo em estreia.

A conclusão é de Pai Américo: «Para irmos já direitinhos às coisas, convém elucidar que por 'pobres em espírito' devemos compreender os homens que, não tendo fortuna, também a não desejam; ou que possuindo, não são possuídos dela; ou ainda os que, sendo de facto pobres, não se queixam do seu estado. Daqui se conclui, desde já, que pobreza e miséria não são do mesmo sangue. Nunca o amor à pobreza gerou miséria em ninguém — nunca. O amor das riquezas — sim»

Padre Quim