BENGUELA -VINDE VER!

Celebrámos com muita alegria a festa do nosso querido Pai Américo. O seu nascimento para o Céu nos deu motivos para que a sua Obra pudesse fazer memória de tão grande figura da Igreja na vida de todos os pobres, sem limites geográficos ou ideológicos. Neste ano, a nossa festa da Obra teve outro motivo adicional, trata-se da primeira missa do padre Filipe, que esteve connosco durante seis meses a fazer o seu estágio pastoral antes da ordenação sacerdotal. Hoje é padre Filipe e seu desejo é servir os pobres na nossa Casa do Gaiato de Benguela. O Senhor Bispo da Diocese depois da ordenação enviou-o em missão na província do Lunda Norte para três anos de serviço pastoral. Foi uma celebração muito linda onde os nossos rapazes cantaram e encantaram. O mano «Pedro», como é aqui conhecido, esteve a tocar a viola baixo, enquanto que o nosso «Bebo» estreou-se a tocar o piano nesta celebração, as meninas das Irmãs Cooperadoras deram outra cor e voz ao nosso coro dominical. O «Bongue» é o maestro habitual. O rapaz tem talento. É tudo natural. Tudo lhe vem da alma! É um rapaz original. Depois da santa Missa tivemos o nosso pequeno almoço com a presença já de muitos rapazes que tinham sido educados na nossa Casa. Depois deste encontro familiar, seguiram-se muitas outras actividades de recreação. A conclusão do campeonato "Pai Américo", os mais variados concursos individuais e colectivos. O almoço veio a acontecer no fim das actividades recreativas. E depois da saída da malta toda do refeitório o centro das actividades foi o nosso salão de festas. Os artistas fizeram-se ao palco e só deu show.Os vários grupos de dança, teatro e poesia estiveram muito bem. Vieram também alguns grupos participantes da comunidade da Graça. E que bem dançaram. Foi uma festa muito alegre. Muitas pessoas nos ofereceram miminhos. Bolos, bolinhos, sumos e gasosas. O «Délcio» foi o único rapaz de todos os que já vivem lá fora que veio trazer à Casa, em atenção à festa de Pai Américo, algumas ofertas. Foi muito generoso. Obrigado «Délcio». Deus te pagará certamente, porque ao dares aos pobres emprestas a Deus. Muitos dos teus irmãos não tiveram a coragem de o fazer. Que Deus toque os seus corações e os faça mais generosos, como sinal de reconhecimento de tudo quanto a Casa do Gaiato fez para a sua promoção e enquadramento social digno. Deus nunca dorme e sabe bem que fez os alicerces da tua subida ao patamar alto da vida social. A conclusão é de Pai Américo «Nós respeitamos absolutamente a liberdade de pensar e de dizer, inata na pessoa. Os rapazes podem dar as suas opiniões. É precisamente por isso que nós temos mais facilidades em conhecer, probabilidades em corrigir, maneiras de orientar. [...] A liberdade é o maior [dom espiritual]. Deus cria o homem livre e respeita-lhe a liberdade. Chama feliz àquele que pode fazer o mal e não o faz; ao que pode transgredir e não transgride. Isto é: livre e libertino são palavras antagónicas. [...] Eis a nossa escola 'risonha e franca'».

Padre Quim