ASSOCIAÇÃO DOS ANTIGOS GAIATOS E FAMILIARES DO NORTE

FOMOS "CANTAR AS JANEIRAS"

Uma vez mais, e tal como foi anunciado aqui, o gabinete cultural do Município de Penafiel organizou o festival de "Cantares de Janeiras".

O evento realizou-se no dia 7 de Janeiro e lá estivemos, nesse Domingo cheio de música, no Pavilhão de Feiras e Exposições de Penafiel. Tivemos galo no sorteio para a ordem de actuação. Dos 31 grupos que aderiram, calhou o último lugar de actuação à nossa Tuna. Cada grupo toca uma média de três músicas e como a tarde se torna, desta forma, um pouco longa, as colectividades, depois de actuarem, deitam em debandada e pró final fica menos gente a assistir.
Desempenhamos com normalidade a nossa actuação e as personalidades do Município de Penafiel saudaram-nos fervorosamente, sinal de que gostaram das músicas e dos versos que lhes dedicamos:

Olá sr. Presidente

As janeiras vimos dar

E agradecer a nova etapa

Que conseguiu alcançar.

Tudo de bom desejamos

Com amor e gratidão,

Não se esqueça do Zé Povo

Que ele não lhe dá perdão.

Tenha dentro do seu peito

Chegadinho ao coração

Todo o Povo desta terra

E a Tuna da Associação.

A todos os elementos

Da Câmara Municipal

Que haja muita harmonia

Para todos em geral.


Foi uma tarde muito alegre, musicalmente bem passada, que as Associações e colectividades do Vale do Sousa proporcionaram... e para o ano lá estaremos outra vez, se Deus quiser.



CONVÍVIO COM A NOSSA COMUNIDADE DO CALVÁRIO/BEIRE


 «A Obra da Rua tem tanto de humano como de divino», disse um dia Pai Américo. Como Gaiatos fomos educados sob o emblemático lema, «de Rapazes, para Rapazes, pelos Rapazes», que nos guiou, e guia quem ainda hoje vive nas Casas do Gaiato.

Todavia, sempre nos impressionou o lema consagrado ao Calvário, pelo qual todos cooperam entre si, mesmo que com algumas dificuldades, mas sempre com alegria e sem lamentações: «de Doentes, para Doentes, pelos Doentes». Fosse cá fora o mundo também assim, sem maldade, apenas querendo amor ao próximo.

O nosso Padre Telmo encontrava-se doente e fomos fraternalmente recebidos pelo Dr. Abel que, nalgumas palavras que a todos dirigiu, fez questão de sublinhar a importância destes convívios que alguns grupos proporcionam aos nossos doentes, como a nossa Associação, os grupos do Albano e do Lupricínio que todos vêm por parte do "Deus do Bem" e são bem-vindos.

Mas como em todo o lado, ronda e quer entrar o "deus do mal" na forma de alguém que nada traz de positivo e só critica destrutivamente os que se importam e tudo fazem por amor aos doentes.

A força que inspira e fortalece quem trabalha nesta Casa, provém do seu fundador, Pai Américo, que a inaugurou a 12 de Julho de 1956 para receber os doentes que ninguém queria cuidar. Quatro dias depois não morreu para nós, apenas "nasceu para o céu".

Assim como não findaram todas as suas obras, como as Casas do Gaiato, o Património dos Pobres e particularmente o Calvário, que são todos lugares onde ainda hoje, se escrevem pela mão dos homens, poemas de Amor a Deus!

Do convívio, foi tanta a alegria que os doentes extravasaram visível aos nossos emocionados olhos, que não há palavras para descrever o que de mágico e de fascinante se assistiu nesta tarde de 14 de Janeiro.

Com o nosso reconhecimento dedicamos a todos que trabalham e colaboram com o Calvário, muito em especial os nossos Padre Baptista e Padre Telmo, e agora também o esteio dos doentes, Dr. Abel, repetindo aquela frase extraordinária do nosso Padre Telmo: «Os teus carinhos por mim são mais numerosos do que todas as areias do deserto».

Obrigado por nos receberem e que Deus dê a todos muita saúde.

Elísio Humberto