Agostinho Coelho

Adormeceu no Senhor, após sofrimento, o nosso colega Agostinho Coelho, mais conhecido entre nós por «Agostinho sapateiro». Este apelido veio-lhe por ter sido a sua primeira profissão cá em Casa. Tinha 85 anos.

Conheci-o na década de 50. Nos primeiros anos, com a convivência da rapaziada fez muitos amigos. Tempos passados emigrou para a Alemanha. Aqui se fixou longos anos, casando e constituindo família. Aparecia sempre que vinha de férias, "matando" saudades!

Com o tempo passando, chegou à reforma e regressou a Portugal, à sua aldeia de Paço de Sousa. Cá, comprou uma casinha e ia vivendo com sua esposa, já que os filhos continuaram na Alemanha, aonde tinham a sua vida montada.

De longe a longe, lá ia passar uma temporada. Foi numa dessas idas que a doença lhe bateu à porta, terminando assim os seus dias...

Há emoções que as palavras não sabem traduzir... A misericórdia do Senhor não tem fim...

Que descanse em Paz.

Manuel Pinto


Mais um dos nossos irmãos que partiu. Agostinho Coelho, mais conhecido por "Reco-Checo". Não resistiu à doença silenciosa e sofrida que, depois de um tempo hospitalizado, o vitimou. Deu entrada nesta Casa de Paço de Sousa nos anos 40. Hoje, junto do seu e nosso querido Pai Américo; gaiatos, senhoras e padres que, por esta Casa passaram ao serviço da maravilhosa Obra de Deus e dos homens, a "Obra da Rua".

Passou como todos os seus irmãos mais novos por todas as obrigações que lhe foram atribuídas. Depois da instrução primária, como aprendiz, escolhe a arte de sapateiro na Casa de Paço de Sousa. Mais tarde, por ausência do seu mestre, assumiu a chefia da sapataria como profissional competente reconhecido. Tarefa que nem sempre é bem aceite nem compreendida pelos seus novos "gaiatos" aprendizes.

A seu tempo emigrou para Alemanha para enfrentar os novos desafios; profissionais e familiares. A sua presença connosco e demais gaiatos ao domingo era o participar na Eucaristia como bom praticante religioso. Também, relembrar o seu passado nesta Casa que o criou como homem de bem e de verdade.

A morte entra em casa como um ladrão. Sem se saber a hora nem como, nem onde, nem de que modo. Pensemos!...

Quis o Senhor, nesta hora e dia 02 de Outubro de 2021, levá-lo para junto dos seus irmãos que, no Céu, já gozam a paz e a Glória de Deus.

A Obra da Rua perdeu mais um filho gaiato e associa-se aos seus familiares próximos nas suas condolências.

Paz à sua alma!

Júlio da Silva