ASSOCIAÇÃO DOS ANTIGOS GAIATOS E FAMILIARES DO NORTE

ENCONTRO CELEBRATIVO DA OBRA DA RUA FOI ENRIQUECIMENTO ESPIRITUAL RECONFORTANTE

Em 26 de Janeiro estiveram presentes muitos Gaiatos, Familiares e Amigos no Encontro Celebrativo Venerável Padre (Pai) Américo, que contou com a honrosa e histórica presença de Sua Excelência Reverendíssima o Sr. Bispo do Porto, D. Manuel Linda, bem como os demais Padres da Obra da Rua, Pe. Júlio, Pe. Telmo, Pe. Baptista, Pe. M. Mendes; Pe. Pereira, da Paróquia de Galegos, e Pe. Alves, da Paróquia de Paço de Sousa.

Iniciou-se com actuação musical dos actuais Gaiatos, que cantaram em agradecimento ao fundador desta Casa que também hoje os acolhe.

No púlpito, do nosso salão de Festas, que estava repleto de gente, agradecemos o convite e oportunidade de poder dizer umas palavrinhas, em nome dos Antigos Gaiatos:

Em primeiro lugar, também nós damos Graças a Deus e à Santa Igreja, pela "prenda" antecipada de Natal que os Gaiatos receberam no passado dia 12 de Dezembro: o nosso Pai Américo Venerável da nossa Santa Igreja Católica, Apostólica, Romana. Escutou-se poesia de Gaiato e na parte final da intervenção foi declamado o poema "VENERÁVEL" às suas "VIRTUDES HERÓICAS".

Sob a presidência do Sr. Bispo D. Manuel Linda, recordou-se um momento marcante na vida dos Gaiatos duma geração (anos 60 do passado século) que foi a visita a Paço de Sousa de D. António Ferreira Gomes, que viria a escrever simbólicas palavras sobre Pai Américo e que servem como exemplo de reconhecimento para o Mundo da sua Dignidade Sacerdotal: «Padre Américo - Pai Américo, o Apóstolo dos Tugúrios, o criador da Obra da Rua, do Património dos Pobres e do Calvário, foi GRANDE no Amor ao próximo. Fixemos a imagem do Padre Américo, que assim, fixamos a sua imagem de Eternidade. Que essa imagem seja fecunda em seguidores e imitadores»!

Neste dia, diz-nos D. Manuel Linda: «A Obra da Rua, Património imaterial da Humanidade, para que não desapareça, o que é necessário fazer hoje? Olho para as mangas e não vejo soluções. A solução deve ser encontrada por todos nós, que temos por ela uma admiração imensa, com a certeza que ela não irá morrer».

Como referência às apresentações dos livros Ecos de Pensamentos de Padre Américo, pelo Dr. Luís Leal, e Padre Baptista, Alma, Corpo, Mãos e Coração de o Calvário, pelo Dr. Artur Santos Silva, agradecemos com palmas as suas lúcidas notas explicativas, sem deixarem de enaltecer e agradecer a duas pessoas importantes na caminhada da Missão que a Obra da Rua tem levado a cabo desde há oito décadas e por várias gerações, dando-nos sempre, cada um com a sua participação e paixão, o seu fraterno contributo: Sr. Padre e Pai/Guia do Calvário, António Baptista; e Sr. José da Cruz Santos, da Editora Modo de Ler. Para eles também o nosso muito obrigado.

Seguiu-se a visita ao Memorial/Museu Padre Américo, procedida da Eucaristia na nossa Capela, o local mais sagrado desta nossa Casa do Gaiato. Por fim, dirigimo-nos todos ao refeitório, para um salutar e fraterno convívio.

À despedida, todos eram unânimes no agradecimento ao Director da Obra da Rua, Padre Júlio: - Dias como este, nesta Casa, reflectem união e são um enriquecimento espiritual reconfortante para um Gaiato, que não esquecerá!


PAI AMÉRICO «VENERÁVEL»


O Padre Américo é VENERÁVEL da Santa Igreja.

Um epíteto que Portugal tanto ansiava.

Foi concedido «nihil obstat» que se deseja

Por ter Alma Sacerdotal Imaculada.


S. Francisco de Assis foi sua "semente".

Co'a "martelada" segue a Justiça e a Caridade,

E foi amar os que sofriam, o pobre e o doente,

Pelo Evangelho, que é a Bíblia da Humanidade.


Fez-se obreiro da "Civilização do Amor".

Abriu a "Porta da Esperança", a Obra da Rua:

E ao doente, no Calvário cura a dor,

E ao Gaiato dá-lhe o Pão e a Casa sua.


«A Humanidade não é matéria falida».

Mas, depois que Ele partiu para o Céu,

Suplicaram-Lhe um Milagre na sua vida:

Graças, que aos olhos de Deus, lhes concedeu.


A sua Dignidade reflecte-se na nossa memória

Quando em breve for um Santo no Altar:

Pai Américo sempre disse que a sua Glória

Era não ter coisa nenhuma para se Gloriar.


E aqueles que pretendem acabar

Com a Obra que no Mundo Ele deixou

Já não tenham razões p'ra duvidar:

A promessa DIVINA Lhe bastou!

Elísio Humberto