ASSOCIAÇÃO DOS ANTIGOS GAIATOS E FAMILIARES DO NORTE
DIA DE PAI AMÉRICO
Em 21 de Julho comemorámos, na Casa de Paço de Sousa e por toda a Obra da Rua, o 63º aniversário da partida de Pai Américo para o Céu.
Logo pela manhã iniciámos o programa da Associação com a realização da Assembleia Geral na nossa sede, onde foi lida e aprovada por unanimidade a Acta da Assembleia anterior, em sessão calorosamente dirigida pelo Presidente da Mesa, perante os sócios presentes que tomavam conhecimento dos diversos pontos em discussão. Dos vários assuntos tratados são de salientar o relatório de contas, orçamento e plano de actividades deste período decorrente 2019/2020, ficando deliberado ser dado apoio e seguimento ao "tríptico" cultural da Associação para os sócios usufruírem: Música, onde a Tuna desempenha o papel de embaixadora ao Mundo; a Pintura clássica em tela, dirigida pelo sócio/mestre José Ponte; e a Literatura escrita. Esta última área criada há dois anos, não queremos que esmoreça e continuamos receptivos aos novos testemunhos de Gaiatos que queiram dar o seu contributo, para a curto prazo avançarmos com a 2ª edição do livro "Esses caminhos que andamos..." agora mais coordenada e aumentada com novos trabalhos que entretanto cheguem. A 1ª edição está esgotada e haja possibilidades financeiras para avançar a impressão na Tipografia da Casa do Gaiato de Paço de Sousa. Na pintura há trabalhos às dezenas já criados e prontos para serem adquiridos por interessados. Quanto à música, está na "forja" a ser construído selectivamente um CD com as músicas mais marcantes e populares da Tuna, para edição no futuro próximo.
A lista única e eleita para os órgãos sociais da AAGFN mantém-se atenta e unida e lembramos as palavras do sócio Godinho: "critiquem menos e colaborem mais com esta Direcção" para o bem de todos! Depois de lida a Acta demos por encerrada a Reunião e deslocámos-nos ao cemitério de Paço de Sousa (antigo), onde já aguardavam mais Gaiatos, para a simbólica romagem à campa do nosso Padre Carlos. Depositadas flores e minuto de silêncio, todos desejamos eterno descanso no Céu.
Chegados agora ao largo da Capela, onde o nosso irmão Tony Gaiato ia distribuindo a quem chegava, uma agenda de recordação que amigo Paulo de Fânzeres teve a amabilidade de oferecer à Associação oito dezenas delas, para simbolizar este dia tão grato para a família Gaiata que está presente.
Dá as 12.00 horas e toca a sineta para a Eucaristia. A romagem com a coroa de flores desde a entrada até à campa rasa de Pai Américo teve este ano mais participantes no acto, sendo ao mesmo tempo declamado um poema de agradecimento e homenagem ao fundador da Obra da Rua, complementando cada um com a sua oração pessoal.
Tem início a Eucaristia que mantém inalterável desde há 63 anos o sentido neste dia especial e neste local sagrado: Unir a família Gaiata e recordar a partida do Pai para o Céu.
A Tuna esteve ao seu alto nível dando a beleza musical aos cânticos litúrgicos. O celebrante e Director da Obra da Rua, Padre Júlio, informa os presentes na Capela cheia, que está ali a concelebrar um jovem Padre, que foi Gaiato nesta Casa e menino dos olhos da Dª Virginia, à época. O Quintino Manuel, ordenado em 2012, apaixonou-se por Deus e enveredou pela via sacerdotal, um sonho que Pai Américo viu, lá do Céu, concretizado. Actualmente é Pároco de Cacilhas, Almada, e quem sabe possa vir um dia engrossar a equipa de Padres da Obra da Rua, alguns já tão velhinhos e cansados.
A Associação dá os parabéns ao Padre Quintino pela sua opção sacerdotal, desejando eternas felicidades.
E como escutamos na homilia, em tempos difíceis que a Obra da Rua atravessa e a realidade que lhe é adversa, no "turbilhão" desta vida, como dizia Pai Américo, ser Padre é uma missão importante e marcante na história da Obra da Rua, os esteios, Pais e guias que dêem continuidade à missão da Casa do Gaiato, hoje e no futuro: acolher o rapaz da rua desamparado!
Da Missa saímos para o refeitório para degustarmos um delicioso almoço preparado pelos rapazes e servido em self-service, sempre repleto de recordações e alegria. Seguiu-se pela tarde o café no Bar; o show musical dado pela Tuna; a visita ao Museu/Memorial Pai Américo; o banho na piscina; mais o lanche com o famoso caldo-verde...à Gaiato. Cada um passou alegremente e à sua maneira este especial e simbólico dia. Agradecemos à Casa que nos criou este "miminho de mãe" que uma vez mais nos deu.
Elísio Humberto