Cronologia

Vida e Obra do Padre Américo

                                                                               DO BERÇO A ÁFRICA       

1887 - 23 de Outubro: Nasce na Casa do Bairro de Baixo, freguesia do Salvador de Galegos, concelho de Penafiel, pela uma hora da noite, sendo o último de 8 irmãos (José, Joaquim, Maria, Jaime, João, António e Zeferino). Filho de Teresa Ferreira Rodrigues, da Casa de Antelagar, freguesia do Salvador de Paço de Sousa, e Ramiro Monteiro de Aguiar, natural da freguesia de S. Martinho de Lagares, unidos em Matrimónio na igreja paroquial de Paço de Sousa, a 23 de Outubro de 1873.

4 de Novembro: Baptizado com o nome de Américo, na igreja paroquial de Galegos, pelo Padre António da Rocha Reis. O nome é dado em homenagem ao Cardeal D. Américo Ferreira dos Santos Silva, Bispo do Porto (1871-1899). São padrinhos Joaquim da Rocha e a irmã Maria de Aguiar.

Neto paterno de José Monteiro de Aguiar e de Albina Marques dos Santos; e neto materno de António Joaquim Ferreira e de Lourença Rodrigues da Silva.

1891 - Janeiro: A sua vida corre perigo por doença (pneumonia). Tem 3 anos de idade. Regista-se a queda de neve.

Passa a infância no regaço afectuoso da sua mãe. É terno e caseiro. Quando é pequenino, vai ceifar erva nos campos.

Os pais transmitem-lhe os princípios básicos da Fé e Moral cristã. Em família, é frequente a oração, em especial o Terço; o toque das trindades respeita-se e há assiduidade aos sacramentos e às devoções na igreja paroquial de Galegos.

As suas brincadeiras preferidas versam assuntos religiosos. Em pequeno, furta coisas à sua mãe para dar aos pobres, sua devoção.

1894 - Inicia os estudos na Escola régia de Galegos, que funciona no lugar de Pereiras, com o professor Joaquim da Silva Pinto. Manifesta inteligência e vontade de saber. É um exímio jogador de pião.

Aprende a doutrina cristã rapidamente, ensinada por Rosa do Bento. E, entretanto, faz a Primeira Comunhão na terra natal. Os irmãos chamam-lhe beato. Confidencia à Mãe o desejo de ser padre.

1897 - Setembro: Vai, com o irmão António, para o Colégio de Nossa Senhora do Carmo, em Penafiel, de que é director o Padre José de Sousa Vinhós, entregue aos cuidados de Umbelina Henriques.

1898 - 5 de Maio: O pai Ramiro escreve ao filho Padre José, em Cochim, dizendo: o Américo não é destituído, mas... a folgareta tem tais encantos!...

1899 - 7 de Março: O Américo e o irmão António estudam regularmente.

8 de Agosto: Faz o exame de instrução primária (4.a classe), com 11 anos, na cidade de Penafiel.

Outubro: Recebido no Colégio de Santa Quitéria, em Felgueiras, da Congregação da Missão, aos 12 anos, com o irmão António. Manifesta-se bom estudante. É um rapaz vivo e alegre, de boa conduta espiritual e concentração mística.

8 de Dezembro: É admitido como aspirante na Associação dos Filhos de Maria. Recebe assistência espiritual do Padre Jacinto de Sousa Borba.

1900 - 2 de Fevereiro: Recebe a fita dos Filhos de Maria.

1901 - 13 de Janeiro: Numa carta para o irmão Padre José, o Américo, com 13 anos, sublinha: O maior gosto de nós todos era ouvir-te dizer uma Missa. Pede-lhe selos, que colecciona com o irmão Zeferino; e diz que está no Colégio de Santa Quitéria, em que estuda português, francês e inglês.

1902 - 1 de Junho: A mãe escreve ao filho mais velho, Padre José, missionário no Oriente, dizendo: peço-te que me dês andamento a este embaraço em que eu me vejo com este rapaz [Américo], ele tem muita vontade de ser padre, vamos a ver se agora o podemos apanhar. É sugerido o Colégio das Missões de Cernache do Bonjardim.

6 de Agosto: O pai Ramiro, em carta ao filho Padre José, diz: Não o acho com feitio para padre. Isto devido ao seu temperamento alegre.

Outubro: Já está empregado no Porto, com 15 anos, numa loja de ferragens, na rua Mouzinho da Silveira, 110-112.

Ajuda às Missas, na igreja de S. Lourenço, no Largo do Colégio.

12 de Novembro: Numa carta ao Padre José, sua mãe Teresa, depois de ir ao Porto visitar o seu filho Américo, diz: os patrões não dão queixa de nada e sente saudade de não estudar.

1903 - 28 de Junho: A mãe Teresa escreve ao Padre José, insistindo que o Américo, a vender ferros, lhe tinha dito que queria ser padre.

8 de Julho: Do Porto, o Américo escreve ao irmão Padre José, em Cochim, dizendo: tenho meses que me confesso de 2 ou 3 vezes para cima no Seminário Episcopal e vamos a todos os exercícios religiosos como o mês de Maria. Vive num ambiente de piedade que lhe aguça o desejo de ser padre.

1904 - 29 de Junho: Numa carta para o Padre José, Américo refere o seu caminho do Calvário e agradece os conselhos que lhe deu sobre a devoção a Maria Santíssima.

5 de Setembro: O padrinho do Padre José, o tio-avô Padre Zeferino Aguiar, em carta a este, sentencia: Noutro dia tive pena do Américo. Lá o vi dentro do balcão... Mas que remédio há senão sujeitar-se: o pano não dá para grandes mangas.

O Américo, com 17 anos, encontra-se com o Cónego Dr. Manuel Luís Coelho da Silva, na casa de ferragens, oferecendo-lhe um banco, enquanto espera o carro da praça do Infante.

Na sua permanência no Porto, entretanto, é crismado por D. António José de Sousa Barroso, na Sé Catedral do Porto.

1905 - 12 de Outubro: Américo Rodrigues Monteiro de Aguiar é matriculado no Instituto Industrial e Comercial do Porto, como aluno livre para seguir o curso superior de comércio. Não deixa o serviço da casa onde trabalha.

15 de Dezembro: O Américo está em casa (Antelagar, Paço de Sousa), doente dos ossos (reumatismo).

1906 - 6 de Novembro: Se conferiu passaporte para Lourenço Marques.

19 de Novembro: Embarca em Lisboa, no Prinz Regent, rumo a África, onde se encontra o irmão Jaime (desde Maio de 1898). Visita Tânger e Marselha.

19 de Dezembro: Desembarca em Moçambique.

24 de Dezembro: Chega ao Chinde, em Moçambique. Tem 19 anos.

1907 - Junho: Está colocado na companhia inglesa The British Central Africa Company Limited, como despachante.

10 de Julho: Na certidão do registo criminal diz: Nada consta contra Américo Monteiro de Aguiar, empregado comercial, residente no Chinde.

19 de Agosto: Inspecção militar em Quelimane, ficando isento.

1909 - 13 de Fevereiro: A mãe Teresa, por carta ao Padre José, diz que o Américo ajudava todos os dias à Missa ao Padre Vicente, no Chinde.

1911 - Reside na república do carapau frito, no Chinde.

1 de Abril: Assina um novo contrato, por 3 anos.

1912 - 7 de Abril: Embarca na Beira para Portugal, em gozo de férias, via Canal de Suez. O vapor, onde viaja, apanha o S.O.S. do paquete de luxo Titanic que se afunda no Atlântico Norte, a 15 de Abril desse ano.

Maio: Chega a Lisboa, para visitar os seus e descansar. Reencontra o irmão Padre José, regressado da India a 24 de Maio de 1909 e que não via há 21 anos.

Novembro: Está no Chinde, tendo embarcado no vapor Beira, no Cais da Fundição, com destino a Moçambique.

1913 - 5-6 de Setembro: Participa num meeting desportivo como atleta do Chinde Sports Club.

12 de Dezembro: Falecimento de sua mãe, em Paço de Sousa, com 66 anos.

1914 - 20 de Janeiro: Recebe a sinistra notícia, no Chinde, marejado de lágrimas.

Março: Manifesta vontade de viver, solteiro, na Casa de Antelagar, em Paço de Sousa para atenuar a sua vida atribulada.

31 de Outubro: O pai Ramiro, por carta ao seu filho Américo, agradece a mesada que ele põe à sua disposição, exprimindo os generosos sentimentos que seu coração abriga e o amor filial que lhe dedica.

Passa pela Beira, num vapor fretado pela firma Rosa Cabral, para um carregamento de milho destinado à Europa. Conhece, nessa cidade, o missionário franciscano Padre Rafael Maria da Assunção.

1915 - Desfaz-se a república onde viveu no Chinde.

25 de Maio: Viaja para Portugal, desde Lourenço Marques, a bordo do vapor Durkan Castle, no qual encontra o Padre Rafael da Assunção. Em visita à família, vai à Guarda visitar o irmão Dr. António que está no Sanatório; e vem a falecer a 18 de Janeiro de 1916, com 31 anos. Como amigo dos pobres, manifesta a sua generosidade com os indigentes da sua terra.

Quando regressa ao Chinde, sucede-lhe outra república - setembrista.

1918 - De Moçambique, manda frequentes partilhas aos pobres: Só para matar a fome. Nada de bebidas.

1919 - Vem a Portugal, para descanso.

1920 - 20 de Fevereiro: Chega a Moçambique.

Março: Está no Chinde; mas, com vontade de regressar à sua terra, para junto de seu pai Ramiro.

1921 - 22 de Fevereiro: Encontra-se em Lourenço Marques. Saiu do Chinde, com perda financeira, mas para ressalvar o seu brio de português que desejavam apoucar.

7 de Maio: Está ao serviço da casa alemã Breyner & Wirth, em Lourenço Marques.

5 de Agosto: Falecimento de seu Pai, em Paço de Sousa.

1922 - Encontra-se em Portugal, tristonho. Reza junto da sepultura de seus pais e irmão António, em Paço de Sousa.

Volta a Lourenço Marques.

20 de Agosto: Manifesta-se satisfeito com a sua vida em Lourenço Marques. Tem a seu cargo o movimento dos vapores da DOAL.

20 de Setembro: O seu plano é ir-se embora para a Metrópole, junto da sua família.

Outubro: Ainda está em Lourenço Marques, onde vive em república.

A CAMINHO DO ALTAR

1922 - Na varanda da residência de D. Rafael da Assunção, tem colóquios com o Prelado de Moçambique: Andava esquecido da prática dos deveres religiosos, sem ser descrente, e no seu espírito amontoavam-se dúvidas. D. Rafael da Assunção, seu confidente, abre-lhe o Caminho da Luz na cidade de Lourenço Marques.

11 de Novembro: Na empresa Breyner & Wirth, ocupa-se da agência Orenstein & Koppel.

20 de Novembro: Admite a possibilidade de ir trabalhar para a Madeira. Porém, um comerciante (Manuel Mendes), residente no Xai-Xai, propõe-lhe um contrato de 50 libras esterlinas mensais, quando Américo de Aguiar vai de Lourenço Marques, de comboio, para o Cabo da Boa Esperança, em visita à família.

1923 - 26 de Janeiro: Larga do Cabo pelo vapor Balmoral Castle, de regresso a Portugal, com 35 anos; depois de ter trabalhado em Moçambique, durante 16 anos.

Passa pelo Funchal, na Madeira, onde trabalha na firma Blandy Brothers, do amigo Simão Correia Neves.

Março a Maio: Encontra-se em Paço de Sousa e ainda tem por horizonte imediato o comércio, com projectos nestas vertentes: frutas, madeiras, lacticínios e rendas. O seu papel timbrado diz isto: FRUIT DEALER/Exporter of Portuguese Products/ Cables, Please Adress:/ Aguiar - Penafiel.

5 a 26 de Maio: Realiza uma viagem a Inglaterra, interessado no negócio de frutas.

26 de Junho: Está em Paço de Sousa, onde persiste no comércio de frutas.

Julho: Lembra-se de recolher à Ordem dos Frades Menores (Franciscanos) - uma martelada divina.

1 de Agosto: Encara a possibilidade de voltar a África, ao serviço de Manuel Mendes, que insiste na proposta de trabalho.

Setembro: Vai ao Colégio Franciscano de Santo António, em Tuy, onde fica dois dias, e fala com o Superior, Padre Manuel Alves Correia.

Em Lisboa compra bilhete para Lourenço Marques. Vê uma revista onde aparecem dois frades franciscanos e fica impressionado. Permanece quatro dias na Capital.

A seguir, trata do passaporte em Penafiel e encontra-se com o Padre Dr. Avelino Sousa Soares (antigo companheiro de escola primária), na casa paroquial, à rua Direita, que o desaconselha a seguir a vida eclesiástica.

Faz as malas e segue para Lisboa, disposto a retomar o caminho de África. À última hora, soa outra martelada de Deus e não resiste mais.

17 de Outubro: Por carta ao amigo Simão Neves, dá notícia da sua decisão: vou para um convento de franciscanos, em Espanha. Este passo é filho de raciocínios muito profundos. Sigo a vida de sacrifício, de dor, de penitência. Não julgue que o meu passo são influências do livro O Deserto, de Manuel Ribeiro.

21 de Outubro: Após 21 anos de trabalho, parte para o Convento Franciscano de Vilariño de la Ramallosa, na Galiza, onde fica como postulante 9 meses. Na correspondência usa o pseudónimo Joaquim Ferreira Rodrigues. Estuda Latim e Ciências.

1924 - 4 de Abril: Em carta a Simão Neves, justifica o rumo da sua vida: Não vim pràqui à toa. Pensei muito antes de o fazer. Nos meus últimos dois anos d`África comprometi severamente a minha consciência. Tendo a consciência doente, necessário se tornava curá-la.

14 de Agosto: Toma o hábito franciscano, com 36 anos. Agora, é Frei Américo de Santa Teresa.

É noviço. Nele brilha mais a caridade; pois, cuida dos enfermos, como o Irmão Frei Matias, de 84 anos, entrevado.

1925 - Julho: Passados 21 meses, após a entrada no Convento, a votação foi-lhe desfavorável. Chamado pelo Guardião, este diz-lhe para desistir, alegando que não assimilava a vida monástica por ser muito impressionista. Fica desfalecido.

Insistindo pela vida eclesiástica, pede-se a sua admissão no Seminário diocesano do Porto; e não é aceite pelo Bispo do Porto, D. António Barbosa Leão, que lhe diz: É tarde...

3 de Outubro: Dá entrada no Seminário Episcopal da Sagrada Família - Coimbra, tendo os preparatórios menos filosofia, como aluno [n.º 262] interno pensionista. Com recomendação do Padre Fr. Inocêncio do Nascimento, O.F.M., é admitido pelo Bispo de Coimbra, D. Manuel Luís Coelho da Silva (natural de Bustelo): Que venha. Vamos a ver o que sai.

Entretanto, completa 38 anos. Frequenta as aulas de Filosofia, em 1925-26.

1926 - 31 de Março: Conhece-se a sua divisa: Ama nesciri et pro nihilo reputari [autografou-a no seu Breviário, em Setembro de 1928].

6 de Julho: Faz exame de Filosofia e é aprovado com 14 valores.

Outubro: Inicia o curso quadrienal de Teologia.

8 de Dezembro: Escreve na revista manuscrita Lume Novo (n.° 1), dos alunos do Seminário Maior de Coimbra, sob o pseudónimo de Frei Junípero. Colabora até ao n.° 13, de Junho de 1930.

18, 19 e 20 de Dezembro: Recebe a Prima Tonsura e Ordens Menores.

1927 - Março: Redige um trabalho, no 1.º ano de Teologia, sob o título: A excelência do Cristianismo sobre o Islamismo.

27 de Maio: Américo de Aguiar passa a estudar Teologia Moral, dispondo de um livro de Nicol. Sebastianini - Sumarium Theologiae Moralis (Romae, 1921).

13 de Junho: Faz exame de Liturgia e é aprovado com 10 valores.

23 de Junho: Faz exame de curso de Religião e é aprovado com 11 valores.

28 de Junho: Faz acto das disciplinas de 1.º ano de Teologia e é aprovado com 13 valores.

1928 - A passagem do Padre Matéo pelo Seminário Maior de Coimbra deixou nele uma profunda impressão, reacendendo a sua devoção ao Sagrado Coração de Jesus.

27 de Fevereiro: Em carta ao irmão Jaime Aguiar refere um caso extraordinário: Durante a última conferência do Padre Matéo, em Coimbra, conversei com Deus de joelhos. Pedi para que aqueles intelectuais vissem todos o que eu dantes não via e agora vejo. Mas pelo menos um, Senhor, disse eu. No final, aparece um, com os olhos marejados, agradecendo...

Junho: Em requerimento ao Bispo de Coimbra, afirma: Hoje vejo a verdade e quero convencer os que deixei.[...] Desprendendo-me do que tenho e do que sou.

19 de Junho: Faz exame de Canto Eclesiástico e fica esperado.

20 de Junho: Faz acto do 2.° ano Teológico e é aprovado com 12 valores.

16 de Setembro: Faz exame de Canto e é aprovado com 11 valores.

Outubro: Faz por escrito os Votos de Pobreza e de Obediência.

23 de Dezembro: É ordenado Subdiácono, pelo Bispo de Coimbra, D. Manuel Luís Coelho da Silva.

1929 - 7 de Abril: Recebe a Ordem de Diácono, do Bispo Coadjutor de Coimbra, D. António Antunes, na Capela de S. Tomás de Aquino, do Seminário Episcopal de Coimbra.

25 de Junho: Faz acto do 3.º ano Teológico e é aprovado com 13 valores.

22 a 27 de Julho: O Diácono Américo Monteiro de Aguiar está em retiro espiritual, para a ordenação presbiteral.

28 de Julho: Recebe a Ordem de Presbítero, com 41 anos, conferida pelo Bispo de Coimbra, D. Manuel Luís Coelho da Silva, na Capela de Nossa Senhora da Anunciação no Seminário de Coimbra. Desde esse momento passa a assinar P. Américo! Também foram ordenados de Presbítero, nesse dia: Augusto Nunes Pereira, de Fajão, e José Marques da Silva, de Almoster.

29 de Julho: Celebra a sua Missa de início de ministério, na Capela das Irmãs Coadjutoras do Seminário de Coimbra, assistido pelo Cónego Manuel Fernandes Nogueira, Director espiritual do Seminário, e seu irmão Padre José de Aguiar. Ao órgão, o Padre Dr. Elias de Aguiar. O Cónego Tomás Fernandes Pinto, Vice-Reitor do Seminário, exalta como muito abençoada a hora em que entrou para aquele Seminário. O Padre Américo afirma: Já não tenho tempo de perder mais tempo!

30 de Julho: Em requerimento, na Cúria Episcopal de Coimbra, há licença para a primeira e mais Missas.

5 de Agosto: Celebra uma segunda Missa Nova, na igreja paroquial de Paço de Sousa. Sobre esta Eucaristia, em carta ao amigo Simão Neves, diz: Meu irmão Jaime, ex-discípulo de Renan, Voltaire e outros, recebeu das minhas mãos pecadoras o Corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Outubro: É nomeado Prefeito e Professor de Português no Seminário de Coimbra. No dia 20 deste mês, na abertura solene das aulas, recebe um prémio de 100$00, por se ter distinguido nas homilias feitas na igreja do Seminário.

29 de Dezembro: O Definitório da Ordem dos Frades Menores, perante o pedido de readmissão do Padre Américo, resolve-se readmiti-lo ao noviciado, mas só depois de falar com o Bispo de Coimbra e com o Padre Luís do Patrocínio, que foi Mestre de noviços dele. Não foi readmitido.

1930 - 4 de Janeiro: Licença para confessar na Capela de Casais [do Campo], em S. Martinho do Bispo.

14 de Janeiro: Binação em Santa Cruz (7.00h) [de Coimbra] e dita Capela (11.00h).

15 de Abril: Por concessão do Prelado, faz acto do 4.° ano Teológico e é aprovado com 12 valores, concluindo o curso.

Um esgotamento chega, com dores de cabeça, em consequência da muita aplicação nos estudos.

15 de Maio: Faz exame de confessor e é aprovado por um ano.

16 de Maio: Pode celebrar e confessar ambos os sexos, enquanto fôr Prefeito e Professor do Seminário.

3 de Novembro: Binação no Asilo da Mendicidade (7.00h) [na Rua da Sofia, em Coimbra] e no Seminário de Coimbra (9.00h).

13 de Novembro: Faz exame de pregador e é aprovado por três anos.

16 de Novembro: Nomeado Director Diocesano da Medalha miraculosa [ou milagrosa, conforme uma aparição de Nossa Senhora, em Paris, a Catarina Labouré, das Filhas da Caridade, a 27 de Novembro de 1830].

Tendo sido designado para uma paróquia [S. Paulo de Frades], no momento de tomar posse, sobrevém-lhe uma doença que o impossibilita.

1931 - Agosto: O Padre Américo e o Cónego Dr. Trindade Salgueiro, em descanso no Norte, visitam Frei Bernardo de Vasconcelos, monge beneditino, doente na Foz do Douro (Porto).

11 de Setembro: Em face de novo pedido, o Definitório da Ordem dos Frades Menores resolve readmiti-lo; o que não se concretiza.

OBRA DA RUA

1932 - 19 de Março: Inauguração da Sopa dos Pobres, na rua da Matemática, em Coimbra, pelo Bispo D. Manuel Luís Coelho da Silva, que lhe confia essa missão. Pede e obtém licença do seu Prelado para se dar à visita de Pobres. Toma esta missão de visitar pobres, por não servir para mais nada (conforme escreve). Visita pobres, doentes e reclusos.

Escreve no jornal diocesano Correio de Coimbra, sob o título «Sopa dos Pobres» (2-1-1932 a 23-3-1940), depois «Obra da Rua» (6-4-1940 a 7-8-1943).

Outubro: Nomeado confessor ordinário das Religiosas [do Bom Pastor] do Refúgio [da Rainha Santa Isabel].

Dado a esta missão com licença superior, não tardou que fosse tido por imprudente e como tal denunciado a seu Bispo. O Prelado não se manifesta. A seguir, são os directores dos hospitais e sanatórios de Coimbra que o tomam por indesejável na sua actuação entre os doentes e pedem ao Bispo de Coimbra que o desterre. Outra vez, ignorou o dito. Depois, é um ofício do Ministro da Justiça que o manda retirar de membro actuante do Patronato das Prisões, pelas suas inconveniências.

1934 - 8 de Janeiro: Faz exame de Cânon (1.º ano) e é aprovado.

30 de Maio: Capelão da Casa de Saúde [na rua da Sofia].

Por ocasião da festa do Corpo de Deus, em Soure, onde vai pregar, é esbofeteado e apupado. Sobre isto, diz: Ó [Padre] Luciano, custa tanto ser de Cristo!

Agosto: O Padre Américo prega no Senhor da Serra, em Semide, o sermão da noite, a que o povo chama a missão, em que trata da esterilidade dos lares, terminado assim: Antes de haver médicos e enfermeiros e parteiras e civilizados e compadres, que dizem isto e aquilo, havia Deus e a Sua Lei.

27 de Agosto: Licença para absolver dos pecados reservados ao Prelado [o homicídio e o incêndio com propósito de causar dano].

1935 - 14 de Fevereiro: Faz exame de 2.º ano de Cânon e é aprovado.

Maio: Uma família no Beco do Moreno, em Coimbra, onde havia cinco filhos raquíticos e esfomeados, é o rastilho da Obra.

Assim, afastado dos Pobres e dos reclusos, dá-se às crianças da rua e organiza uma colónia de montanha.

Agosto: Inicia as Colónias de Férias do Garoto da Baixa (de Coimbra), na freguesia de S. Pedro de Alva, concelho de Penacova, animado pelo Pároco, Padre José Augusto Ferreira Simões e Sousa, que visitou na Páscoa desse ano. O Cónego Manuel Fernandes Nogueira dá-lhe cem escudos e o Bispo de Coimbra, D. Manuel Luís Coelho da Silva, também. Inicia com 27 rapazes. Nos primeiros anos, são acompanhados por seminaristas e estudantes da Universidade de Coimbra

1936 - Colónia de Férias em S. Pedro de Alva, com [53] rapazes.

1937 - Faz exame de 3.º ano de Cânon e é aprovado.

Colónia de Férias em Vila Nova do Ceira, na Quinta da Costeira, do Dr. Diogo Cortez, com 96 rapazes.

1938 -Julho a Setembro: Colónia de Férias em Vila Nova do Ceira, com 124 rapazes.

30 de Março: Despacho em que é aprovado o contrato do Padre Américo Monteiro de Aguiar para assistente religioso do Refúgio da Tutoria Central da Infância de Coimbra. A 1 de Junho assina a Declaração de compromisso.

1939 - Colónia de Férias em Vila Nova do Ceira, com 156 rapazes.

Julho: Vai ver e tratar da compra de uma casa e quinta, à venda, em Bujos (Miranda do Corvo), para abrir uma Casa do Gaiato, instalando assim os garotos doentes das mansardas e os rapazes das Colónias de Férias. Daí o nome Casa de Repouso do Gaiato Pobre.

3 de Outubro: Na cidade e comarca de Coimbra, rua da Sofia, n.º 121, perante o Notário Augusto Máximo de Figueiredo, como procurador de Aníbal Ferreira da Gama e esposa, moradores em Lisboa, é vendido, por quarenta contos, a Padre Américo Monteiro de Aguiar, residente no Seminário de Coimbra e como procurador da Sociedade Instrutiva Ozanam: Casas de sobrado e lojas, telheiro e terra de cultura [Quinta de S. Braz]; e outros terrenos em Cabeça Alta, Vale Queiroz, Bujos e Cortinho - Miranda do Corvo. [Estes prédios tinham sido comprados ao Cónego António Ferreira da Gama e a outros, a 22 de Outubro de 1921].

Na cidade de Lisboa, ao pé da estátua de D. José e do medalhão do Marquês (segundo escreve), um homem posto em autoridade proíbe o Padre Américo de falar dos pobres; mas, ele desobedece, porque não quer trair o melhor e o mais poderoso dos amigos - Cristo Jesus.

1940 - 7 de Janeiro: Funda a primeira Casa do Gaiato, para rapazes abandonados e sem família. Abre com três gaiatos: Mário Dinis de Carvalho [da Sé Nova, Coimbra], José Araújo Pereira [de Santa Cruz] e Aristides Araújo Pereira [idem]. Eram três mendigos das ruas de Coimbra. Pela primeira vez comeram de garfo, viram uma cama lavada, sentiram a presença de um amigo!

A Obra da Rua é consagrada ao Santíssimo Nome de Jesus. Ex-libris: o Quim Mau, garoto de braços abertos a pedir o amor do Próximo. Lema: 'Obra de Rapazes, para Rapazes, pelos Rapazes'.

Março: Casa de Repouso do Gaiato Pobre - Regulamento interno.

Fizeram cura de repouso, até ao fim do ano, 42 garotos. Depois, troca-se por trabalho o nome de repouso e fica sendo a Casa do Gaiato.

[O Padre Horácio orienta esta Casa do Gaiato entre 1950 e 1992].

8 de Julho a 14 de Setembro: Quatro turnos de rapazes (144), em Colónias de Férias, na Casa do Gaiato, em Miranda do Corvo. [Depois, há Colónias de Férias no Santuário de Nossa Senhora da Piedade, de Tábuas]. [Actualmente, há um Lar de Férias na Praia de Mira].

1941 - 1 de Janeiro: Abre o Lar do Ex-Pupilo das Tutorias e dos Reformatórios do País, na rua da Trindade, n.º 18, em Coimbra. Este Lar abre com cinco rapazes do Refúgio de Coimbra. No fim do ano, eis as procedências dos 24 ex-pupilos: Colónia de Izeda (1), Reformatório de S. Fiel (10), Refúgio de Coimbra (12), Colónia de Vila Fernando (1). [É entregue aos Serviços Jurisdicionais de Menores em 1950].

Junho: Publicação do livro Pão dos Pobres, 1.° volume (campanha de 1932 a 1939), em Coimbra, tendo como exergo Do que eu vi em casa deles e de como tratei seus filhos.

8 de Julho a 26 de Agosto: Três turnos de rapazes (91), nas Colónias de Férias em Miranda do Corvo.

Publicação do opúsculo Casa de Repouso do Gaiato Pobre, em Coimbra.

Publicação das Constituições do Lar do Ex-Pupilo dos Reformatórios e das Tutorias do País.

1942 - Publicação do livro Obra da Rua, em Coimbra, impresso na Lousã, a cujo Relatório pôs o subtítulo De como eu amparo o ardina.

Publicação do livro Pão dos Pobres, 2.º Volume.

No Outono deste ano, o Padre Américo traz o seu pensamento ocupado com o convento de Arouca, quando adrega de passar por Paço de Sousa e vê ali um convento beneditino abandonado, com sua quinta murada (do Mosteiro): Era aquela a minha cruz; a cruz que o Senhor me preparava.

1943 - 20 de Fevereiro: Escreve à Junta da Província do Douro Litoral, com intenção de fundar uma obra congénere à de Coimbra, em Paço de Sousa.

20 de Abril: Sendo Governador Civil do Porto, o Dr. António Augusto Pires de Lima, na dita Junta da Província, no Porto, o seu presidente, o Dr. António de Almeida Garret, entrega ao Padre Américo de Aguiar os bens imobiliários e móveis, títulos de crédito e documentos que pertenciam à Casa Pia de Paço de Sousa, para fundar a Casa do Gaiato das Ruas do Porto. Então, toma posse, por transferência da sua administração para a Obra da Rua, em resultado de Portaria ministerial de 10 de Abril desse ano. [Em 1834, com a extinção do Mosteiro de Paço de Sousa, o convento e as suas propriedades são comprados por António Nunes Teixeira, comerciante do Porto. A 23 de Março de 1871, houve a arrematação judicial do mosteiro e da cerca, no Tribunal do Comércio, no Porto, por 8320,20 reis, sendo comprador Francisco José Ferraz].

Escreve no semanário A Ordem, do Porto, sob o título «Casa do Gaiato do Porto» (8-5-1943 a 11-6-1949). Afirma: Ai Porto, Porto, quão tarde te conheci!

28 de Abril: Despacho do Eng.º Duarte Pacheco [† 16 - XI - 1943], Ministro das Obras Públicas, em que concede à Casa do Gaiato de Paço de Sousa 300 contos, pelo alto interesse social da Obra e dispensando formalidades.

27 de Maio: Dá início à construção das primeiras moradias da Aldeia do Gaiato, em Paço de Sousa, concebida pelo Arquitecto Teixeira Lopes, por indicação do Padre Américo.

Os primeiros rapazes chegam da Casa do Gaiato de Miranda do Corvo, a 31 de Maio (o António, de [Amarante]; o Amadeu, de Elvas; e o Adolfo, de Coimbra); a 7 de Julho, juntam-se mais 4 rapazes (o António Sérgio, de [Figueiró dos Vinhos]; o Camilo, da Póvoa de Varzim; o Carlos Alberto, de Lisboa; e o José Merino, o Pepe, de Badajoz); e a terceira leva, a 16 de [Julho] (o João de Freitas, da Lousã; o Júlio Mendes, de Elvas; e o José Pires, de Coimbra), ficando instalados nas ruínas do convento.

Construção da Capela da Casa do Gaiato de Miranda do Corvo (25 - XII - 1943, no retábulo).

Publicação do livro Pão dos Pobres, 3.ºvolume.

1944 - 16 de Fevereiro: O Sub-secretário de Estado da Assistência Social, Dr. Diniz da Fonseca, o Governador Civil do Porto e o Cónego Dr. Corrêa Pinto visitam a Casa do Gaiato de Paço de Sousa.

A Escola (masculina) primária da Casa do Gaiato de Paço de Sousa é oficializada segundo o decreto 30951, do Ministério da Educação. Enquanto o edifício das escolas não se constrói, as aulas funcionam numa parte do antigo Mosteiro beneditino, onde habitam os Rapazes.

5 de Março: Aparece o primeiro número do jornal OGaiato, quinzenário da Obra da Rua, impresso no Porto, de que é Fundador e Director. Aparece hoje O Gaiato e regressa no terceiro domingo do mês, à mesma hora, e assim por diante, todos os 1.ºs e 3.ºs até ao fim do mundo. Sobre o lançamento do jornal, escreve: Do Terreiro do Paço, mandaram-me aos Senhores da Censura. Falei à moda dos apaixonados: um jornal que não tenha medo, meu senhor, e que não engane o povo! Ai! que vou ser preso.

Desde Maio de 1943 a Maio de 1944, gastaram-se nas construções da Aldeia do Gaiato, em Paço de Sousa, 1160 contos.

8 de Agosto: É lançada a primeira pedra da Capela da Casa do Gaiato de Paço de Sousa.

28 de Outubro: É chamado pelos anjos o Manuel Delfim, com 9 anos, que fazia limpeza nos claustros, dessa Casa do Gaiato. Já temos uma luz no céu.

2 de Novembro: Palestra ao microfone da Rádio Renascença, no Porto.

26 de Novembro: Palestra e peditório no Coliseu do Porto.

10 de Dezembro: Palestras nos postos emissores da cidade do Porto: Eu não tenho outro título para vir hoje à vossa presença, sendo somente o de recoveiro dos pobres.

1945 - 27 de Janeiro: Início da construção da enfermaria, em Paço de Sousa.

3 de Fevereiro: Abre o Lar do Gaiato do Porto, na rua D. João IV, 682.

15 de Fevereiro: Começo da construção do edifício das oficinas, em Paço de Sousa.

No fim deste ano, a Obra da Rua é formada por duas Casas do Gaiato: Miranda do Corvo, com 45 rapazes; Paço de Sousa, com 103. E, ainda, o Lar do Gaiato do Porto, com 20; e o Lar do Ex-Pupilo dos Reformatórios, em Coimbra.

1946 - 1 de Janeiro: Os rapazes (96) instalam-se na Aldeia da Casa do Gaiato de Paço de sousa.

24 de Março: Inauguração oficial e bênção da Capela da Casa do Gaiato de Paço de Sousa, pelo Bispo do Porto, D. Agostinho de Jesus e Sousa. Presentes o Eng.º Cancela de Abreu, Ministro das Obras Públicas, e o Dr. Trigo de Medeiros, Sub-secretário de Estado da Assistência Social. A nascente, encontra-se um painel de azulejos, decorado com a passagem do Evangelho que diz: Quem receber um menino como este, em Meu nome, é a Mim que recebe (Mt 18,5). Na parede norte, vê-se um vitral representando um pelicano. Em mísulas, estão as imagens de Nossa Senhora da Conceição e de S. Francisco de Assis.

17 de Maio: O Bispo do Porto, D. Agostinho de Jesus e Sousa, aprova os Estatutos da Obra da Rua.

Junho: Visita de D. Manuel Trindade Salgueiro, Bispo de Helenópole, à Casa do Gaiato de Paço de Sousa.

28 de Junho [27-VI-1947?]: Depois de uma Missa pontifical na Basílica da Estrela, em dia do Sagrado Coração de Jesus, o Cardeal Patriarca Manuel Gonçalves Cerejeira quer saber, junto do Padre Américo, das possibilidades de fundar uma Casa do Gaiato no antigo Palácio dos Arcebispos e na Quintã de Pero Martins, em Santo Antão do Tojal (Loures). Dias depois, vai com D. João Campos Neves, ver a dita Quinta da Mitra.

31 de Agosto: É levantado um cruzeiro de granito (Cruz latina) no largo fronteiriço à Capela da Casa do Gaiato de Paço de Sousa. No rosto da base tem: Ano Domini 1943. No anterosto, diz: CRUX STAT DUM MUNDUS VOLVITUR.

As alminhas estão ao cimo da Av. Eng.º Duarte Pacheco. No retábulo de azulejo, vem: Oh vós que indes passando lembrai-vos de nós que estamos penando.

13 de Julho: O Padre Américo escreve: Desejo acabar os meus dias nos sentimentos da Cruz. É a vida que faz a morte. Hei-de passar rentinho ao cruzeiro e às alminhas, naquele dia tremendo, grande como nunca fui - porque morto.

O antigo convento, depois, durante os meses de Verão serve como lar das Colónias dos Garotos das ilhas do Porto - Colónias de campo [12-08-1946 a 14-09-1946], nelas colaborando seminaristas. No quarto grupo, estão 42 rapazes.

[Depois houve Colónias de Férias em Leça da Palmeira; e, actualmente, há Colónias de Férias, de mar, em Azurara (Vila do Conde)].

18 de Outubro: Abertura dos alicerces para o edifício da Escola, em Paço de Sousa.

Neste ano, sai a segunda edição do livro Obra da Rua, impressa no Porto.

1947 - 10 de Junho: Começa-se com a primeira fase das obras de adaptação da Casa do Gaiato do Tojal.

13 de Junho: Festa dos Gaiatos no Coliseu do Porto.

Documentário Aldeia dos Rapazes da Rua, com realização de Adolfo Coelho [na Cinemateca portuguesa].

Julho: Carta aberta à cidade de Lisboa, sobre a Casa do Gaiato de Lisboa, em Loures.

[10] de Outubro: Abertura do Lar do Gaiato de Coimbra, no Cidral (Cumeada). [Actualmente, na Trav. Padre Américo].

15 de Novembro: Sobre a sua leitura do livro Vida do Padre Damião, ditas palavras consoladoras, o Padre Américo escreve: O melhor da vida do santo nunca aparece na vida que os autores escrevem. Não vem. O melhor fica dentro deles.

Novembro: Vai pregar a Lisboa. Vê, no Éden, o documentário sobre a Aldeia dos Rapazes: Que pena estar ali um Padre, ouvia-se!

1948 - 4 de Janeiro: É celebrada Missa nas ruínas da antiga Igreja do Palácio dos Arcebispos, em Santo Antão do Tojal; e começa a vida na Casa do Gaiato, com 5 rapazes de Paço de Sousa e outros tantos de Miranda do Corvo. [O Padre Luíz foi o responsável por esta Casa do Gaiato entre 1963 e 1990]. [Entregue ao Patriarcado de Lisboa e com outros estatutos, em 5 de Julho de 2006].

[Funcionaram Colónias de Férias em S. Julião da Ericeira; e, depois, em Sintra, na Quinta Monte dos Ciprestes - doação de Ruy Cinatti.].

1949 - 8 de Janeiro: Publicação de «O Meu Testamento», no jornal OGaiato.

9 de Junho: Palestra proferida na Emissora Nacional, antes de embarcar para o Brasil - Uma palavra aos Portugueses d`aquém e d`além mar.

Junho/Agosto: Faz uma viagem ao Brasil, na companhia de José Eduardo.

Julho: Participação na II Semana de estudos dos Problemas de Menores - Colóquio no Tribunal de Justiça de S. Paulo, Brasil. Afirma: Eu tenho fome e sede de justiça.

16 de Agosto: Inauguração da Tipografia da Casa do Gaiato de Paço de Sousa, começando o jornal OGaiato a ser ali impresso; e edições doutrinais, da autoria do Padre Américo.

1950 - 27 de Fevereiro: Mudança do Lar do Ex-Pupilo dos Reformatórios para a Quinta dos Sardões, em Coimbra, por iniciativa do Padre Manuel Gonçalves. [A casa onde se encontrava instalado esse Lar, na alta de Coimbra, estava condenada a ser demolida].

20 de Março: Inaugura-se o balneário da Casa do Gaiato de Paço de Sousa.

24 de Abril: Mudança do Lar do Ex-Pupilo dos Reformatórios para a rua da Mãozinha, em Coimbra, com o Padre Luís Maurício a orientar.

Julho: Reunião dos Chefes Maiorais das Casas do Gaiato e Lares do Gaiato, da Obra da Rua, em Paço de Sousa.

20 de Agosto: É fundada a Conferência do Santíssimo Nome de Jesus, na Casa do Gaiato de Paço de Sousa, por Júlio Mendes.

Agosto: Instalam-se os primeiros rapazes no Lar do Gaiato de S. João da Madeira. [A 15 de Agosto de 1953, é fechado esse Lar, por a casa ser inabitável e não permitirem obras].

Setembro: O Padre Américo está 15 dias no Gerês, para onde vai consumido com dores de cabeça e outras coisas que fazem dores (conforme escreve).

14 de Outubro: No jornal O Gaiato o Padre Américo fala do seu enterro: é um pobre que morre. [Na sua última vontade, n`O Gaiato, de 28 de Julho de 1956, vem: Não desejo os paramentos do altar, mas somente a batina e descalço].

Publicação do opúsculo Do Fundamento da Obra da Rua e do Teor dos seus Obreiros e do livro Isto é a Casa do Gaiato, 1.° volume.

1951 - 7 de Janeiro: O Padre Américo vai, propositadamente, às Casas do Gaiato de Paço de Sousa e de Miranda do Corvo, e aos Lares do Gaiato de Porto, de S. João da Madeira e de Coimbra. Com a do Tojal, a população da Obra da Rua é de 412 rapazes.

[Janeiro]: Vai ao Parlamento (Assembleia Nacional), em Lisboa. Dizem-lhe, no início, que não pode entrar; e, depois, que o Padre Américo pode entrar em toda a parte!

Fevereiro: Dá-se começo à construção de moradias para pobres, em Paço de Sousa. Lema 'Cada freguesia cuide dos seus Pobres'.

[Foram construídas mais de 3500 moradias em Portugal Continental, Madeira, Açores, Angola e Moçambique, propriedade das Fábricas das Igrejas Paroquiais. Actualmente, envereda por pequenos auxílios à Autoconstrução e aos Pobres].

8 de Abril: Inauguração da casa agrícola da Casa do Gaiato do Tojal, pelo Cardeal Cerejeira.

3 de Setembro: Estão concluídas e são habitadas, em Paço de Sousa, 7 casas do Património dos Pobres. [Essa legenda é tomada de uma carta, onde vinha um donativo para o Património dos Pobres].

3 de Outubro: São aprovados os Estatutos do Património dos Pobres, pelo Bispo do Porto, D. Agostinho de Jesus e Sousa.

Publicação do livro Isto é a Casa do Gaiato, 2.º volume.

Dezembro: Publicação das Constituições dos Lares da Obra da Rua.

1952 - 13 de Maio: Na Missa dos Doentes, em Fátima, prega a parábola do bom Samaritano.

27 de Maio: O Tribunal de Contas delibera que, dada a natureza dessa instituição [Obra da Rua], não há que sujeitar ao julgamento do mesmo tribunal quaisquer contas.

Julho/Outubro: Efectua uma viagem a África com Júlio Mendes. Anuncia a obra De como eu subi ao Altar, mas não chega a escrevê-la.

[Novembro]: Participação no Congresso Nacional de Protecção à Infância, em Lisboa, em que diz: Não há pais incógnitos, nem filhos ilegítimos. Os pais é que o são. Estes é que devem legitimar.

Publicação do livro O Barredo, sítio a que chamou: 'Lugar de mártires, de heróis e de santos'.

1953 - 4 de Janeiro: Abre o Lar do Gaiato de Lisboa, na rua Renato Baptista, n.º 70 - 1.º. [Em Fevereiro de 1957, esse Lar abriu na rua dos Navegantes, n.º 34 - r/c; actualmente, existe um Lar do Gaiato em Lisboa, da Obra da Rua, na rua Ricardo Espírito Santo, 8 - r/c - Dt.º].

6 de Setembro: Inauguração de um novo edifício na Casa do Gaiato de Miranda do Corvo (com cozinha, refeitório, balneário e dependências das senhoras), com a presença do Bispo de Coimbra, D. Ernesto Sena de Oliveira.

1954 - 17 de Junho: Festa dos Gaiatos no Coliseu do Porto. [O Padre Américo faz aí o anúncio do Calvário, em Beire].

24 de Junho: É assinada, na Comarca de Paredes, a escritura de doação (à Obra da Rua) da Quinta da Torre, em Beire (Paredes), dos descendentes dos Condes de Resende (por Luís Osório, de Penamacor). A Casa do Gaiato de Beire é destinada para Lar agrícola e o Calvário para abrigo de doentes.

8 de Julho: São concedidas, ao Padre Américo, faculdades para celebrar, confessar e pregar na Diocese de Coimbra até ao fim de 1956.

28 de Julho: Bodas de Prata presbiterais do Padre Américo. Retira-se para as Caldas do Gerez: Sozinho, como convém a hora de tamanha intimidade. Ninguém como eu a poderia sentir e viver.

Publicação dos livros Ovo de Colombo e Viagens.

1955 - 15 de Maio: Entrega das casas (28) do Bairro D. António Barroso, em Miragaia (Porto), do Património dos Pobres.

2 de Junho: Festa dos Gaiatos no Coliseu do Porto.

1 de Julho: Instala a Casa do Gaiato de Setúbal, próxima de Algeruz, no Albergue Distrital da Mendicidade, onde também foram recolhidos rapazes resineiros vindos do Lar de Alcácer do Sal. [Nele esteve o Padre José Flausino].

[O Padre Acílio, depois (1957), fica a orientar esta Casa do Gaiato].

[Actualmente, há um Lar do Gaiato em Setúbal (rua Camilo Castelo Branco, 22 A); e um Lar de férias no Portinho da Arrábida].

1956 - Janeiro: Desloca-se à Ilha da Madeira com Joaquim Bonifácio por companheiro.

2 de Abril: Inauguração da Casa do Gaiato de Ponta Delgada. É a Casa do Gaiato Micaelense; e, entretanto, Casa do Gaiato Açoriano, na Quinta do Monte Alegre, Capelas, regida pelo Padre Elias. Antes, o Padre Américo deslocou-se aos Açores em Outubro de 1951 e Setembro de 1954. [Depois, foi desligada da Obra da Rua. Com o Padre Adriano Antunes, vincularam-se à Pia União dos Apóstolos da Rua, com estatutos a 8 de Dezembro de 1959 e sede na Casa do Gaiato de Capelas].

24 de Maio: Festa dos Gaiatos no Coliseu do Porto.

12 de Julho: Inauguração e bênção da Capela da Casa do Gaiato de Beire, pelo Bispo do Porto, D. António Ferreira Gomes.

14 de Julho: Sofre um acidente de automóvel (Morris, DD-22-19) em S. Martinho do Campo, concelho de Valongo, no regresso duma viagem ao sul do País (com última Missa em S. Martinho do Porto) e passagem pelo Porto (Espelho da Moda - rua dos Clérigos, n.º 54). É transportado para o Hospital Geral de Santo António, no Porto. Tenho de ser até ao fim o homem das dores.

15 de Julho: Neste domingo, de manhã, pede e recebe os últimos Sacramentos da Igreja.

16 de Julho: Morre de fractura exposta e cominutiva das pernas, no mesmo Hospital, com 68 anos, às 6.05 horas da manhã do dia da memória litúrgica de Nossa Senhora do Carmo, sua devoção.

17 de Julho: É sepultado, de batina, no cemitério paroquial de Paço de Sousa, com grandioso acompanhamento desde a igreja da Trindade, no Porto. Na Missa de corpo presente, na Capela da Casa do Gaiato, preside D. Rafael da Assunção, Bispo de Limira.

18 de Julho: O Bispo do Porto aceita a proposta dos Padres da Rua de designar o Padre Carlos Galamba como Director da Obra da Rua.

Publicação do livro Doutrina, 1.º volume.

1957 - 16 de Julho: Inauguração do Calvário, em Beire, para doentes incuráveis e abandonados. Uma coisa nova: Obra de doentes, para os doentes, pelos doentes. [O Padre Baptista, depois (1958) fica como responsável do Calvário e da Casa do Gaiato de Beire].

24 de Setembro: Reunião familiar da Obra da Rua, na Casa do Gaiato de Paço de Sousa, que junta os rapazes com responsabilidades nas 8 comunidades: Miranda do Corvo, Paço de Sousa, Porto, Coimbra, Tojal, Lisboa, Beire, Setúbal.

1959 - 19 de Janeiro: Inauguração do edifício da Estação de CTT e da GNR, obra da Casa do Gaiato de Paço de Sousa, na Av. Barão Lourenço Martins.

1960 - Junho/Agosto - Viagem de Padre Carlos, na companhia de Júlio Mendes, a Angola e Moçambique.

1961 - 17 de Julho: Os seus restos mortais são trasladados para a Capela da Casa do Gaiato de Paço de Sousa, onde jazem em campa rasa, com a inscrição: ERA 1956/AMÉRICO MONTEIRO D'AGUIAR/PRESBÍTERO. O Padre Américo tem de morrer e o nome dele ficar nos alicerces da Casa do Gaiato, escondido: se o grão de trigo ficar à vista não dá pão. No presbitério dessa Capela, na parede norte, junto à sua campa rasa, está um belo vitral com um pelicano.

1963 - Fundação em Angola das Casas do Gaiato de Malanje e de Benguela, orientadas pelos Padres Telmo Ferraz e Manuel António, respectivamente.

A Casa do Gaiato de Benguela foi inaugurada a 5 de Janeiro de 1964, no Vale do Cavaco; e nessa data foi benzida a primeira pedra da Casa do Gaiato de Malanje, no Culamoxito.

São nacionalizadas em 1975; mas, o regresso acontece em 1992, sendo restituídas as antigas Aldeias.

Actualmente, encontra-se um Lar do Gaiato em Luanda (rua Ferreira do Amaral, 80).

1965 - 7 de Janeiro: Comemoração das Bodas de prata da Obra da Rua.

3 de Julho: Aprovação e bênção das Normas de Vida dos Padres da Rua, em Fátima, pelos Prelados que têm Padres diocesanos seus ao serviço da Obra da Rua.

1966 - 9 de Fevereiro: Reunião de chefes das Casas do Gaiato, da Obra da Rua, da Metrópole.

1967 - Fundação em Moçambique da Casa do Gaiato de Lourenço Marques, na Quinta de S. Tiago, orientada pelo Padre José Maria.

É tomada pelo Estado em 1975. O regresso dá-se em 1991, provisoriamente para a povoação da Massaca, enquanto se ergue outra Casa do Gaiato, numa fazenda, no distrito de Boane.

1969 - 16 de Julho: Visita do Bispo do Porto, D. António Ferreira Gomes, à Casa do Gaiato de Paço de Sousa.

1977 - Publicação do livro Doutrina, 2.º volume.

1979 - Publicação, pelo INIC (Lisboa), da Tese de Doutoramento de João Evangelista Loureiro, apresentada, em 1972, na Faculdade de Ciências da Educação da Universidade de Lovaina (Bélgica): L`Obra da Rua et l`éducation des enfants privés de milieu éducatif.

1980 - Publicação do livro Doutrina, 3.º volume.

1982 - 10 de Junho: Jornal O Gaiato, n.º 1000 (edição especial).

1984 - Publicação do livro Pão dos Pobres, 4.º volume.

1986 - Publicação do livro Cantinho dos Rapazes e do livro Notas da Quinzena.

25 de Dezembro: Nota Pastoral da Conferência Episcopal Portuguesa sobre o 1.° Centenário do nascimento do Padre Américo.

1987 - Publicação do livro De como eu fui... (Crónicas de viagem).

23 de Outubro: Eucaristia, na Capela da Casa do Gaiato de Paço de Sousa, presidida por D. António Ferreira Gomes, Bispo Emérito do Porto.

24 de Outubro: Homenagem nacional e Celebração Eucarística no Palácio de Cristal - Porto, com a presença do Episcopado português, Clero, Presidente da República e de milhares de pessoas, gaiatos e amigos. Jornal O Gaiato especial (n.º 1138), sobre o Centenário de Pai Américo.

Comemorações também em Penafiel, Coimbra e Lisboa.

Diaporama Padre Américo - biografia e pensamento do fundador da Obra da Rua no centenário do seu nascimento. [Logomedia, Lisboa].

1988 - Publicação do livro Correspondência dos leitores.

1989 - 11 de Junho: Dia vicentino inter-diocesano, na Casa do Gaiato de Paço de Sousa.

1990 - 7 de Janeiro: Cinquentenário da Casa do Gaiato de Miranda do Corvo, com a presença do Bispo de Coimbra, D. João Alves. Jornal O Gaiato especial (n.º 1196), a 13 de Janeiro.

1992 - 4 de Janeiro: Inauguração e bênção da Capela (de Nossa Senhora da Conceição) da Casa do Gaiato de Lisboa.

1993 - 16 de Julho: Visita do Arcebispo - Bispo do Porto, D. Júlio Tavares Rebimbas, à Casa do gaiato de Paço de Sousa.

1996 - 7 de Fevereiro: O Bispo do Porto, D. Júlio Tavares Rebimbas, concede aprovação aos actuais Estatutos da Obra da Rua. [Aprovados, ainda, pela Direcção Geral de Assistência, a 16-01-1997 - D.R. III Série, n.º 31, 6-2-1997].

2000 - Tese de Doutoramento de Ernesto Candeias Martins, na Faculdade de Educação, da Universidade das Ilhas Baleares (Palma de Maiorca, Espanha): Perspectiva social e ambiental da Obra da Rua. Contributos pedagógicos do Padre Américo.

2006 - 13 de Julho: Nota do Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa, sobre o Cinquentenário da morte do Padre Américo.

16 de Julho: Eucaristia e Exposição biblio-iconográfica evocativa, na Casa do Gaiato de Paço de Sousa. Outras comemorações em Galegos, Penafiel e no Porto.

2007 - Tese de Doutoramento de Maria Manuela Lopes-Cardoso, na Universidade Nova de Lisboa: Américo Monteiro de Aguiar - Dimensões antropológicas, axiológicas e proféticas de um projecto pedagógico.

23 de Outubro: 120 Anos do nascimento do Padre Américo. Evocação em Setúbal (Anunciada), a 5 de Abril de 2008; e, em Coimbra, em Março de 2009.

2008 - Setembro: Reedição (pela Modo de Ler) do livro Padre Américo - Páginas escolhidas e documentário fotográfico. [1.ª ed. - 1974].

2009 - 19 de Abril: Inauguração de um monumento a Pai Américo, de Luís Mendes, no Largo fronteiro ao portão principal da Casa do Gaiato de Paço de Sousa.

1 de Julho: Inauguração de um busto do Padre Américo, na Casa do Gaiato de Setúbal, da autoria de Maria José Brito.

Documentário (DVD) Obra da Rua - O Calvário. [2.ª ed., 2010].

2010 - Janeiro: Colóquio (com Padre Carlos e Padre Manuel Gonçalves) e Exposição 70 anos da Casa do Gaiato de Miranda do Corvo.

2012 - Documentário (DVD) sobre a Casa do Gaiato de Setúbal.

23 de Outubro: 125.º Aniversário do nascimento do Padre Américo. Comemorações em Coimbra: 21 de Outubro - Eucaristia, na Igreja de S. José, presidida pelo Bispo D. Virgílio Antunes; 11 de Janeiro de 2013 - Conferência Padre Américo, precursor do Vaticano II: A sua leitura dos sinais dos tempos, por D. António Marcelino, Bispo Emérito de Aveiro.

2013 - Documentário (DVD) Padre Telmo Ferraz: Mibangas e frutos, nos 50 anos da Casa do Gaiato de Malanje, por Henrique Manuel Pereira.

CAUSA DE CANONIZAÇÃO

1986 - 22 de Março: A Obra da Rua, constituindo-se em Autora, pede ao Bispo do Porto a introdução da Causa de Canonização do Padre Américo. Tinha sido nomeado, em 1 de Janeiro, Postulador da Causa D. Gabriel de Sousa, O.S.B., Abade Emérito de Singeverga, aceite pelo Prelado a 8 de Dezembro de 1986. O mesmo pedido faz o Clero da Vigararia, em 12 de Junho de 1986. O Vigário Judicial presta esclarecimentos ao Bispo do Porto, a 14 de Junho.

1987 - 8 de Dezembro: O Postulador pede ao Bispo do Porto a introdução da Causa de Canonização.

1988 - 10 de Maio: Tomam posse os teólogos censores dos escritos impressos, Cónego Dr. António Maria Bessa Taipa e Padre Dr. Manuel Durães Barbosa, C.S.Sp., nomeados a 15 de Março e que dão parecer favorável nesse ano. O Postulador pedira o exame dos escritos a 24 de Fevereiro de 1988.

1990 - 15 de Setembro: O Arcebispo-Bispo do Porto, enviando para a Santa Sé as peças documentais, pronuncia-se pelo valor da Causa e pede o nihil obstat para organizar o Processo Ordinário. O Postulador exibira: Relatio scriptorum, Positiones et articuli, Indiculus testium.

6 de Novembro: A Santa Sé, por intermédio do Cardeal Angelus Felici, da Congregação para as Causas dos Santos, dá o nihil obstat para ser organizado o Processo Ordinário de glorificação canónica.

1991 - 14 de Fevereiro: Toma posse, na Biblioteca da Casa Episcopal do Porto, o Tribunal Eclesiástico para o início do Processo de Canonização do Servo de Deus, Padre Américo Monteiro de Aguiar. Juiz Delegado: Padre Doutor Jorge Teixeira da Cunha; Promotor de Justiça: Padre Doutor João Paulo de Campos; Notário: Padre José Maria Gonçalves Moreira.

1992/1993 - É realizado o Processo Rogatorial da Postulação no Tribunal Eclesiástico de Coimbra. Em Agosto de 1992 é concluído o Processo Rogatorial organizado na Cúria Patriarcal de Lisboa.

1995 - 6 de Julho: Sessão pública de encerramento da primeira fase do Processo de Canonização, na Sé Catedral do Porto. Foram ouvidas 47 testemunhas e 4 ex officio, nos Tribunais Eclesiásticos do Porto (que realizou 75 sessões), Coimbra e Lisboa. Resultou um volumoso dossier sobre a vida, virtudes e fama de santidade do Servo de Deus, de que constam também escritos e documentação biográfica.

1996 - 1 de Abril: É aberto o Processo do Padre Américo na Congregação para as Causas dos Santos - Roma. Postulador: Mons. Doutor Arnaldo Pinto Cardoso, nomeado a 14 de Fevereiro de 1996.

30 de Outubro: Os peritos em História, Cónego Doutor Carlos Alberto de Pinho Moreira Azevedo e Doutor Geraldo José Amadeu Coelho Dias, O.S.B., declaram a autenticidade e o valor das obras que constam do Processo canónico, da autoria do Servo de Deus e a seu respeito. Foram nomeados a 22 de Abril de 1996 e tomaram posse a 17 de Maio.

1997 - 18 de Outubro: Decreto de validade da Causa de Canonização do Servo de Deus, Américo Monteiro de Aguiar, Presbítero.

2004 - Positio super vita, virtutibus et fama sanctitatis Servi Dei Americi Monteiro de Aguiar, Sacerdotis Diocesani (1987 - 1956).

2014 - Janeiro: É editado o n.º 1 de AMA - Boletim do Servo de Deus Américo Monteiro de Aguiar.

ADENDA

1959 - 16 de Julho: Estátua do Padre Américo, pelo escultor Henrique Moreira, na Praça da República, Porto.

1970 - Monumento ao Padre Américo, na Praça da República, em Penafiel. [Transferida para o Largo Padre Américo, em 2012].

1981 - Inauguração de um busto do Padre Américo, no adro da Igreja paroquial de Galegos.

1996 - Ao Hospital do Vale do Sousa é dado o nome de Padre Américo. [É inaugurado a 27 de Outubro de 2001; e, também, uma estátua na rotunda, da autoria de Irene Vilar, a 29 de Dezembro].

2005 - 3 de Julho: Inauguração de um busto do Padre Américo, de Luís Mendes, no Jardim de Monte Belo, em Setúbal.

2009 - 19 de Abril: Inauguração de um monumento a Pai Américo, de Luís Mendes, no Largo Padre Américo, fronteiro ao portão principal da Casa do Gaiato de Paço de Sousa.

1 de Julho: Inauguração de um busto do Padre Américo, na Casa do Gaiato de Setúbal, da autoria de Maria José Brito.

19 de Setembro: Inauguração de um busto do Padre Américo, na Avenida Dias da Silva, em Coimbra. [É similar ao que se encontra na Casa do Gaiato de Miranda do Corvo, de Alves André].

Padre Manuel Mendes, in Esboço de Cronologia da Vida do Padre Américo